domingo, 16 de dezembro de 2012

"Até um dia, até talvez, até quem sabe..."




Te amo meu amigo!!!
Não... não é só agora que eu estou te dizendo isto, já havia te dito várias vezes... ainda bem, que bom que pude te dizer muitas e muitas vezes. E também bem lembro, meu querido amigo, das vezes em que tu disse: “Te amo Rebellooooooooooo” (como tu sempre me chamou), e mesmo que nestas vezes eu estivesse te carregando prá casa completamente bêbado eu sempre acreditei nisto. Porque te conheço e sei da tua dificuldade de “de cara” falar de sentimentos. Meu amigo para sempre. Amigo de dividir a vida... de crescer juntos. E aqui cabe dizer que “crescer juntos” não é no sentido de “crescer no tamanho”, não é no sentido de “nos conhecermos desde pequeninos”, mas no sentido “CRESCER NA VIDA”, no sentido “jovens sonhadores que se tornaram adultos compartilhando realizações”, o que começou a acontecer à partir do momento que resolvemos dividir não só um AP na Rua da República como também uma juventude...  Crescer aprendendo com as conquistas (materiais e emocionais) de cada um. Crescer aprendendo com as perdas (materiais e emocionais) de cada um. Dividindo/compartilhando nossa juventude que se estendeu até hoje e é recheada de muitas histórias. Sabe aquela frase: “amigo é aquele que chega dando uma voadora”? É tu. Lembra? Tu sempre foi meu “anjo protetor” nas Buatchs da vida. Não foram só uma ou duas as vezes em que tu saltou na minha frente, vindo não sei de onde, para ficar encarando alguma “persona non grata” que estivesse me perturbando, antes mesmo que eu pensasse “quem poderá me salvar?”. Meu amigo para sempre. Nunca mais teu sorriso? Nunca mais tua risada? (ou “risadagem” como tu gostava de dizer) Nunca mais tua chatice insuportável? Não posso crer nisto!!! Nunca mais te ouvir dizer: “Vamos rebelóide, tá pensando que o céu é perto???” O que fazer com minha dor... com minhas saudades??? Naquele AP da República havia um mural onde alfinetávamos fotos, recortes, bobagens que nós mesmos escrevíamos... Certa vez tu colocou um bilhete com uma frase de Clarice Lispector que nunca mais esqueci. (Tenho até hoje aquele papel escrito por ti. Que mania tenho eu de guardar coisas...) A frase:  “Meu Deus só agora me lembrei que as pessoas morrem, mas EU TAMBÉM?”
Meu Deus... você também!!! Porque assim tão cedo??? Que buraco imenso se forma em meu peito.
Só me resta chorar todas as lágrimas e esperar que nos reencontremos um dia.
Vá em paz!!!! E apronte bem muito por lá.
Te amo para sempre!!!
Da amiga que ficou sem um pedaço, Marisa.